quarta-feira, 30 de março de 2011

O que é preciso fazer para alcançar o desenvolvimento sustentável?


Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos.
        Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva em conta o meio ambiente.
        Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. 
        Atividades econômicas podem ser encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. 
        O desenvolvimento sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.

Os modelos de desenvolvimento dos países industrializados devem ser seguidos?


O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível. 
        Caso as sociedades do Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade de combustíveis fósseis consumida atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200 vezes. 
         Ao invés de aumentar os níveis de consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.
         Os crescimentos econômico e populacional das últimas décadas têm sido marcados por disparidades. 
Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de madeira mundial.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Correntes Marítimas

As correntes oceânicas são o fluxo das águas dos oceanos, ordenadas ou não, decorrentes da inércia da rotação do planeta Terra, propelidas por marés, ventos ou diferenças de densidade. Influenciam na pesca na vida marinha e no clima. Suas movimentações não são bem definidas por haver continentes e ilhas ao longo da sua movimentação. As correntes oceânicas são responsáveis pelas temperaturas mais quentes na Europa Ocidental, permitem que a Antártida sustente vasto volume de vida vegetal e animal, e uma grave perturbação em seus padrões causou uma extinção em massa de 95% da vida marinha há 250 milhões de anos.
Suas dinâmicas:
Um determinado tipo de corrente oceânica chega até a esvaziar continuamente um oceano no outro, o que em geral faz com que as águas deles sejam trocadas a cada mil anos.  As correntes situadas abaixo da linha do equador possuem sentido anti-horário, opostamente às correntes situadas acima da linha do equador. Já nas regiões oceânicas adjacentes a esta linha, as correntes direcionam-se em sentidos opostos. As correntes marítimas se dividem em plantas oceanográficas confiáveis que se juntam ao utilizar o mesmo método de correntação fluvial, se dividem em correntes frias e correntes quentes:
Ø                Correntes quentes: formam-se na zona intertropical, próxima à Linha do Equador, e movimentam-se em direção às zonas polares.
Ø                Correntes frias: formam-se nas zonas polares e movimentam-se em direção à região equatorial.

·                    Efeitos sobre o clima:
As correntes oceânicas podem afetar profundamente o clima, ela pode levar fortes ondas de calor, secas, chuvas em regiões áridas e elevar lugares que possuem temperaturas quentes em temperaturas bem congelante. Exemplo que pode ocorrer uma alteração no clima é com a Europa. O fluxo das correntes oceânicas é responsável pelas temperaturas mais quentes na Europa, se o fluxo se interrompesse, o clima se tornaria caótico, a Europa alcançaria temperaturas bem baixas
·                    Efeitos sobre as paisagens:
Afetando o clima as correntes oceânicas interferem na paisagem. Exemplos são as correntes quentes que vão para a Noruega. Elas esquentam os ventos dominantes que sopram em direção à ela. Quando isso acontece as condições temperadas com invernos ficam amenas favoráveis a pescaria, que é a principal atividade daquele país.
Com o derretimento das calotas polares fica com excesso de água doce nesta corrente quente ela acaba sumindo. Como ela sumiu, a Noruega começa a sofrer um inverno rigoroso, congelando rios, lagos. Com isso sofre a pescaria, a vegetação e os animais deste lugar. Com a mudança desta corrente, animais se perdem e aparecem neste lugar, na Noruega (como pode acontecer em outros lugares também). Todos esses fatores interferem, mudam e transformam a paisagem deste lugar.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Erosão Glacial


Erosão Glacial, é a erosão causada pelo gelo que pode ocorrer quando as águas da chuva penetram entre as rochas e, quando chega a época de frio intenso, essas águas que penetram se congelam, ocupando mais espaço que a água líquida, fazendo maior pressão sobre as paredes das rochas que, consequentemente, se quebram


Isso pode ocorrer também quando os blocos de gelo se desprendem das geleiras, deslizam pelas encostas das montanhas, e acabam desgastando as rochas, no Brasil não ocorre erosão glacial porque aqui não existem geleiras.

A erosão glacial pode ocorrer der três maneiras:
- águas das chuvas penetram entre as fendas das rochas, quando chega a época de frio muito intenso, essas águas congelam-se, e o gelo que ocupa mais espaço que a água líquida faz pressão sobre as paredes da rocha, quabrando-a.
- os blocos de gelo que saem das geleiras deslizam pelas encontas das montanhas, qubrando as rochas.
- Nas regiões onde faz muito frio, durante o inverno o gelo se acumula no topo das montanhas. Na primavera o gelo começa a derreter e a descer lentamente pelas encostas .No trajeto, formam novos caminhos e vão se transformando em água líquida, pelo aumento da temperatura, voltando a correr gelo antigo curso ou formando novos canais de água.
Efeitos poluidores da ação da ação de arraste:
- Os arrastamentos podem encobrir porções de terrenos férteis e sepultá-los com materiais áridos.
- Morte da fauna e flora do fundo dos rios e lagos por soterramentos.
- Turbidez nas águas, dificultando a ação da luz solar na realização da fotossíntese, importante para a purificação e oxigenação das águas.
- Arraste de biocidas e adubos até corpos d'água e causarem, com isso, desequilíbrio na fauna e flora nesses corpos (causando eutroficação por exemplo).
Outros danos:
- Assoreamento: que preenche o volume original dos rios e lagos e como censequencia, vindas as grandes chuvas, esses corpos d'água extravasam, causando enchentes.
-Instabilidade causada nas partes mais elevadas podem levar a deslocamentos repentinos de grandes massas na terra e rochas que desabam talude abaixo, causando, no geral, grandes tragédias.


Degradação Florestal e Assoreamento dos Rios.

Um dos principais problemas que afetam os rios, principalmente os que passam por grandes cidades, é o assoreamento. Neste processo ocorre o acúmulo de lixo, entulho e outros detritos no fundo dos rios. Com isso, o rio passa a suportar cada vez menos água, provocando enchentes em épocas de grande quantidade de chuvas.    O que realmente causa o assoreamento  na maioria das vezes é proveniente efeitos naturais, como a movimentação de areia e outros detritos levados pela água da chuva e também pelos ventos, mas seu depósito no fundo das águas de rios, canais e dos lagos é favorecido pela ação do homem que tira a proteção natural dessas fontes de água .
As matas ciliares são essenciais para a proteção dessas fontes contra o assoreamento, elas atuam como filtros ou barreiras naturais e evitam que esses sedimentos nas suas mais diversas formas cheguem até o leito das fontes de água e se depositem no seu fundo. Quando as matas ciliares são derrubadas e devastadas, as margens dessas fontes ficam desprotegidas, sem proteção natural,   e assim mais vulneráveis e sujeitas ao desbarrancamento e ao assoreamento. A agricultura sem o manejo adequado do solo também acaba exaurindo o solo, assim como o desmatamento e todas as outras formas de ação humana que provoquem a desertificação e a erosão, além de outras atividades como a mineração e a ocupação urbana sem projetos de sustentabilidade ambiental, também acabam por concorrer para o assoreamento das fontes de água.


A alta concentração de gases do efeito estufa na atmosfera, entre eles o gás carbônico, esta favorecendo o aquecimento do planeta, fato que pode ter graves implicações ambientais . A degradaçao ambiental é normalmente associada á ação de poluiçao com causas humanas , contudo , no decorrer da evoluçao de um ecossistema , pode ocorrer meios naturais . ocorrendo a nível mundial. Trata-se em primeiro plano da redução das emissões de gases com efeito estufa. Este efeito é proveniente da absorção, pela atmosfera, da radiação solar que, aquecendo a superfície do planeta, produz irradiação que permanece nas camadas atmosféricas interiores, elevando, em conseqüência, o seu nível térmico, Disto resultam inundações, secas, ondas de calor mais intenso, furacões, tempestades.  Os incêndios têm essencialmente origem negligente ou criminosa. As consequências mais evidentes neste tipo de fogos são a perda total ou parcial da cobertura vegetal e dos bens que se encontram na área devastada pelo incêndio. Devemos ainda contabilizar a erosão provocada no solo


Um dos principais problemas que afetam os rios, principalmente os que passam por grandes cidades, é o assoreamento. Neste processo ocorre o acúmulo de lixo, entulho e outros detritos no fundo dos rios. Com isso, o rio passa a suportar cada vez menos água, provocando enchentes em épocas de grande quantidade de chuvas.    O que realmente causa o assoreamento  na maioria das vezes é proveniente efeitos naturais, como a movimentação de areia e outros detritos levados pela água da chuva e também pelos ventos, mas seu depósito no fundo das águas de rios, canais e dos lagos é favorecido pela ação do homem que tira a proteção natural dessas fontes de água .


As matas ciliares são essenciais para a proteção dessas fontes contra o assoreamento, elas atuam como filtros ou barreiras naturais e evitam que esses sedimentos nas suas mais diversas formas cheguem até o leito das fontes de água e se depositem no seu fundo. Quando as matas ciliares são derrubadas e devastadas, as margens dessas fontes ficam desprotegidas, sem proteção natural,   e assim mais vulneráveis e sujeitas ao desbarrancamento e ao assoreamento. A agricultura sem o manejo adequado do solo também acaba exaurindo o solo, assim como o desmatamento e todas as outras formas de ação humana que provoquem a desertificação e a erosão, além de outras atividades como a mineração e a ocupação urbana sem projetos de sustentabilidade ambiental, também acabam por concorrer para o assoreamento das fontes de água.


A alta concentração de gases do efeito estufa na atmosfera, entre eles o gás carbônico, esta favorecendo o aquecimento do planeta, fato que pode ter graves implicações ambientais . A degradaçao ambiental é normalmente associada á ação de poluiçao com causas humanas , contudo , no decorrer da evoluçao de um ecossistema , pode ocorrer meios naturais . ocorrendo a nível mundial. Trata-se em primeiro plano da redução das emissões de gases com efeito estufa. Este efeito é proveniente da absorção, pela atmosfera, da radiação solar que, aquecendo a superfície do planeta, produz irradiação que permanece nas camadas atmosféricas interiores, elevando, em conseqüência, o seu nível térmico, Disto resultam inundações, secas, ondas de calor mais intenso, furacões, tempestades.  Os incêndios têm essencialmente origem negligente ou criminosa. As consequências mais evidentes neste tipo de fogos são a perda total ou parcial da cobertura vegetal e dos bens que se encontram na área devastada pelo incêndio. Devemos ainda contabilizar a erosão provocada no solo

Aquecimento global começou antes da Revolução Industrial

A Intervenção humana no meio ambiente causou a extinção de povoados antigos - Interferências do homem no meio ambiente fez com que a temperatura da América do Norte e Europa subissem 4ºC

  O início da interferência humana no meio ambiente e, consequentemente, no clima ocorreu em períodos anteriores à Revolução Industrial, que teve início em meados do século XVIII na Inglaterra. Uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) mostra que, mesmo antes do surgimento das grandes indústrias o planeta já sofria com aumento de temperatura e o início do aquecimento global.
  Baseada em coleta, comparações e análise crítica das informações da literatura produzidas mundialmente sobre o tema, a advogada Aretha Sanchez mostra em sua dissertação de mestrado – Atividades humanas e mudanças climático -ambientais: Uma relação inevitável – orientada pelo professor e pesquisador do Ipen Luiz Antonio Mai e defendida em julho de 2009, que povoados como os Maias e Mochicas, na América Latina, Acádios, no Iraque, povos da Groenlândia Nórdica entre outros sofreram colapsos e desapareceram devido a essa modificação climática local.

Os antigos integrantes desses povoados usaram grande parte dos recursos naturais existentes nos locais em que viviam e foram obrigados a sair de sua região de origem após a deteriorização intensa do ambiente. O desmatamento, a caça, a pesca, o desenvolvimento da agricultura e a poluição das águas foram causas determinantes para a modificação climática regional e, consequentemente, a extinção de importantes povoados.

Apesar da gravidade dessas interferências, a pesquisadora afirma que foram necessárias para que as populações pudessem se desenvolver. “Para que possa haver desenvolvimento, o homem interferiu no meio ambiente e consequentemente no clima. Na época das primeiras interferências climáticas, as populações não tinham consciência de que o uso e a intervenção no meio ambiente pudessem levar seus povoados à extinção. Nós temos esse conhecimento e devemos tentar diminuir essas modificações ambientais”, explica Aretha.
  As interferências ocorridas anteriormente à Revolução Industrial foram muito significativas para as modificações do clima em determinadas regiões do planeta. Segundo a pesquisadora, “houve um aumento de até 4ºC na Europa e na América do Norte. Apesar de o aumento de temperatura ter sido regional, podemos falar que foi causado pela interferência do homem no meio ambiente, um ‘aquecimento global’ em escala menor se comparado aos problemas climáticos atuais”.
  Mesmo com os malefícios causados por esse aumento significativo na temperatura em certas regiões do globo, que ocasionou desequilíbrio ambiental e extinguiu povoados importantes, Aretha salienta que se não fossem essas interferências iniciais, as populações tanto da América do Norte quanto da Europa não se desenvolveriam da forma como se desenvolveram. 
 Os grandes problemas ambientais relacionados ao mau uso dos recursos naturais são causados, em parte, pela desigualdade social. Segundo a pesquisadora, a falta de acesso ao conhecimento e conscientização ecológica atrelada às deficiências educacionais são fatores que tornam as intervenções ambientais mais rotineiras e problemáticas.
“Não há investimentos necessários para que todos tenham esse tipo de educação e desenvolvam consciência ecológica. Um exemplo dessa falta de conhecimento pode ser visto atualmente no Brasil: as pessoas invadem áreas suscetíveis a deslizamento, como as margens de rios, as quais deveriam ser de total controle ambiental. A interferência no ambiente é tamanha que ocasiona enchentes e coloca milhares de vidas em risco”, explica Aretha.
  Exatamente pelo fato de grande parte das populações atuais terem maior conhecimento das causas e efeitos das interferências humanas na natureza, é necessário encontrar maneiras de manter o desenvolvimento sem causar tantos danos ao ambiente. “Antigamente não havia consciência do que estava acontecendo e por que alguns povoados se extinguiram. Hoje há essa consciência e conhecimento dos possíveis problemas que enfrentaremos, como o aquecimento global e outras alterações ambientais. Por isso, precisamos procurar uma forma, seja por meio da ciência ou da educação, que nos ajude a frear ou estabilizar as modificações climáticas”, conclui a pesquisadora.

O AQUECIMENTO GLOBAL, SUAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

                  O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre (não só numa zona específica, mas em todo o planeta) e tem preocupado a comunidade científica cada vez mais. Acredita-se que seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de Carbono, o Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs.
                    Na realidade, desde 1850 temos assistido a um aumento gradual da temperatura global, algo que pode também ser causado pela flutuação natural desta grandeza. Tais flutuações têm ocorrido naturalmente durante várias dezenas de milhões de anos ou, por vezes, mais bruscamente, em décadas. Estes fenômenos naturais bastante complexos e imprevisíveis podem ser a explicação para as alterações climáticas que a Terra tem sofrido, mas também é possível e mais provável que estas mudanças estejam sendo provocadas pelo aumento do Efeito Estufa, devido basicamente à atividade humana.

Causas e consequências
As causas apontadas pelos cientistas para justificar este fenômeno podem ser naturais ou provocadas pelo homem. Contudo, cada vez mais as pesquisas nesta área apontam o homem como o principal responsável.
Fatores como a grande concentração de agentes poluente na atmosfera contribui para um aumento bastante significativo do
efeito estufa.
   O aquecimento global pode trazer conseqüências graves para todo o planeta – incluindo plantas, animais e seres humanos. A retenção de calor na superfície terrestre pode influenciar fortemente o regime de chuvas e secas em várias partes do planeta, afetando plantações e florestas. Algumas florestas podem sofrer processo de desertificação, enquanto plantações podem ser destruídas por alagamentos. O resultado disso é o movimento migratório de animais e seres humanos, escassez de comida, aumento do risco de extinção de várias espécies animais e vegetais, e aumento do número de mortes por desnutrição.
   Outro grande risco do aquecimento global é o derretimento das placas de gelo da Antártica. Esse derretimento já vinha acontecendo há milhares de anos, por um lento processo natural. Mas a ação do homem e o efeito estufa o processo e o tornaram imprevisível.

   A calota de gelo ocidental da Antártida está derretendo a uma velocidade de 250 km cúbicos por ano, elevando o nível dos oceanos em 0,2 milímetro a cada 12 meses. O degelo desta calota pode fazer os oceanos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâneas pelo mundo e ilhas inteiras. Os resultados também são escassez de comida, disseminação de doenças e mortes.

Mudanças climáticas.

Fatores geradores

As mudanças climáticas são produzidas em diferentes escalas de tempo em um ou vários fatores meteorológicos como, por exemplo: temperaturas máximas e mínimas, índices pluviométricos (chuvas), temperaturas dos oceanos, nebulosidade, umidade relativa do ar, etc.

As mudanças climáticas são provocadas por fenômenos naturais ou por ações dos seres humanos. Neste último caso, as mudanças climáticas têm sido provocadas a partir da Revolução Industrial (século XVIII), momento em que aumentou significativamente a poluição do ar.

Consequências

Atualmente as mudanças climáticas têm sido alvo de diversas discussões e pesquisas científicas. Os climatologistas verificaram que, nas últimas décadas, ocorreu um significativo aumento da temperatura mundial, fenômeno conhecido como aquecimento global. Este fenômeno, gerado pelo aumento da poluição do ar, tem provocado o derretimento de gelo das calotas polares e o aumento no nível de água dos oceanos. O processo de desertificação também tem aumentado nas últimas décadas em função das mudanças climáticas




Mudanças climáticas podem reduzir economia do Nordeste em até 11% em 2050



As mudanças climáticas terão efeito sobre a economia brasileira, especialmente a do Nordeste, de acordo com o estudo Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro - 2000/2050. O estudo foi elaborado para a Embaixada Britânica pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fio cruz).

Esse efeito, medido ano após ano, sinaliza que o Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste vai cair 11,4% até 2050, como resultado das variações do clima. O PIB é a soma das riquezas produzidas no país. "Ano após ano, até 2050, o efeito das mudanças climáticas, por meio do choque no setor agropecuário, seria uma queda de 11,4% do PIB", afirmou à Agência Brasil o professor Alisson Barbieri, coordenador da pesquisa pelo Cedeplar da UFMG.

De acordo com o estudo, essa perda equivaleria a dois anos de crescimento econômico da região, com base no desempenho registrado entre 2000 e 2005.

A pesquisa mostra que a redução que as mudanças climáticas tendem a provocar na disponibilidade de terras agricultáveis no Nordeste será mais drástica nos estados do Ceará (-79,6%) e Piauí (-70,1%), seguidos da Paraíba (-66,6%) e de Pernambuco (-64,9%). Barbieri esclareceu que no caso do Ceará e Piauí deve ocorrer limitação das chamadas "terras aptas" para os principais tipos de cultivo na região nordestina, conforme denominam os técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que participaram do trabalho.

Em razão disso, os setores que poderão ser mais afetados são os de serviços e indústria, principalmente aquela voltada para o processamento de alimentos, mais vinculada à agricultura. "Esses estados apresentam uma articulação forte com o setor agrícola. Então, haveria o que os economistas chamam de encadeamento entre os choques traçados para o setor agrícola e a economia como um todo".

O professor da UFMG explicou que, em contrapartida, o estado de Sergipe deve ser o menos atingido pelos choques climáticos. A projeção é de que até 2050 o PIB estadual caia apenas 3,6%. "No caso de Sergipe, haveria uma variação menor em termos de terras inaptas para a agricultura em função das mudanças climáticas. Isso quer dizer que os efeitos climáticos sobre Sergipe seriam menos intensos quanto à redução da aptidão das terras". O estudo prevê que o estado perderia apenas 5,3% de terras agricultáveis.


AUMENTO DA MIGRAÇÃO

A redução das terras disponíveis para a agricultura em função dos choques climáticos pode resultar no aumento da migração de nordestinos dentro da própria região e no país até 2050. É o que indica o estudo Migrações e Saúde: Cenários para o Nordeste Brasileiro- 2000/2050.

O coordenador da pesquisa no Cedeplar da UFMG, Alisson Barbieri, explicou que, em um cenário sem mudanças climáticas, a volta de migrantes para suas regiões de origem, principalmente nordestinos e mineiros residentes em São Paulo, tende a se manter. Esse processo vem sendo observado nos últimos 15 a 20 anos. Barbieri lembrou que muitos mineiros e nordestinos ainda deixam seus estados em busca de melhores condições de vida, sobretudo em São Paulo.

No caso das mudanças climáticas, porém, Barbieri afirmou que poderia haver reversão dessa tendência de volta à terra natal. "Em função da redução da renda e do nível de emprego em várias áreas do Nordeste devido às mudanças climáticas, poderia acontecer uma saída de parte dessa população do Nordeste para outras regiões do país que mantenham ou, eventualmente, aumentem o seu dinamismo econômico em função das mudanças climáticas".

Segundo o professor, o efeito das mudanças climáticas no Nordeste como um todo, que seria a região mais afetada pelas alterações do clima no país, "poderia levar a um processo de expulsão de população do Nordeste". Ele chamou a atenção, contudo, para o fato de que esse cenário considera as mudanças climáticas sem a adoção de mecanismos de adaptação para a população. Para reverter essa tendência, teriam de ser desenhadas políticas públicas que contribuíssem para manter a população na região e garantir sua subsistência.

Uma das hipóteses levantadas pelo estudo é a ampliação das transferências governamentais de renda, como o Bolsa Família, por exemplo, como instrumento para suavizar os impactos das mudanças do clima sobre a economia do Nordeste.

Barbieri destacou que ao traçar esse cenário de aumento dos fluxos migratórios até 2050, a idéia do estudo "é levantar o debate sobre que tipo de mudanças ou adaptações seriam necessárias para que não chegássemos a isso". Ele informou que uma alternativa para manter o nível de renda e as pessoas em suas regiões de origem seria uma atuação mais forte do estado em termos de programas de transferência de renda. "Obviamente que a capacidade fiscal do estado é limitada nesse aspecto", observou.

Para ele, alternativas mais eficazes poderiam ser, por exemplo, a criação de oportunidades no setor de serviços e na indústria, além de investimentos em tecnologia agrícola, para criar espécies mais resistentes às variações climáticas e adaptadas às alterações do solo.








quarta-feira, 23 de março de 2011

Gelo Marinho

- Formação do iceberg
  Iceberg é um enorme bloco de gelo que resulta da fragmentação das geleiras, quando chegam ao mar, ou das camadas de gelo marinho. Uma temperatura mais elevada ou a agitação das ondas do mar produzem a ruptura dos blocos de gelo, que ficam à deriva e são levados por correntes a regiões equatoriais. Existem dois tipos de lugares diferentes na Terra onde se formam geleiras: no Pólo Norte e no Pólo Sul, onde sempre faz frio intenso; e em altitudes elevadas, como nas grandes cadeias de montanhas. Uma geleira é basicamente um grande acúmulo de gelo que dure mais de um ano. No primeiro ano, a pilha de neve é conhecida como nevé. Se a neve permanece por mais de um inverno, a formação passa a ser conhecida como firn.
- Características
  À medida que mais e mais neve se acumula ao longo dos anos, o peso da neve no topo começa a comprimir a neve que existe no fundo da pilha. A compressão faz com que a neve se torne gelo. É como tomar na mão um punhado de neve e comprimi-la para formar uma bola de neve mais dura, mas em uma escala bem maior. A compressão da geleira continua por dezenas, centenas ou até milhares de anos, o que acrescenta mais e mais camadas no topo e eleva ainda mais o peso. O gelo termina comprimido a tal ponto que boa parte do ar que ele abriga é expulsa. É por isso que o gelo glacial parece azul.
  O comprimento dos icebergs varia de algumas centenas de metros a cerca de oito quilômetros. Sua espessura, da qual apenas uma nona parte é visível, pode chegar a 45m. Esses enormes blocos de gelo são muito maiores e mais abundantes no hemisfério sul. No oceano Glacial Antártico encontra-se 93% dos icebergs do mundo, e no Ártico eles se concentram, sobretudo perto da Terra nova, procedentes da Groenlândia e arrastados pela corrente de Labrador.

- Deslocamento

 Nas altas latitudes, como na região antártica, um ambiente inóspito pode surpreender pelas paisagens plácidas, porém nelas se esconde um agente eficaz e de grande quantidade de energia, que participa da formação de rochas sedimentares: o transporte de sedimentos por gelo. O deslocamento das grandes massas de gelo por sobre a terra transporta todo tipo de sedimentos, que variam em tamanho, desde grandes blocos de rocha até lama. Este mecanismo é tão efetivo que até mesmo em áreas submarinas seus efeitos são intensos. O fundo marinho sofre grandes escoriações causadas pelo deslocamento de icebergs, que são blocos de gelo que se desprendem das frentes dessas massas glaciais. Como uma pedra de gelo, um iceberg fica com aproximadamente 89% do seu volume submerso no mar e um bloco, quando atinge o fundo marinho, causa um forte impacto deslocando os sedimentos do fundo do mar, deixando estrias que chamamos de cicatriz de geleira.  
  O deslocamento das grandes massas de gelo por sobre a terra transporta todo tipo de sedimentos, que variam em tamanho, desde grandes blocos de rocha até lama. Este mecanismo é tão efetivo que até mesmo em áreas submarinas seus efeitos são intensos. O fundo marinho sofre grandes escoriações causadas pelo deslocamento de icebergs, que são blocos de gelo que se desprendem das frentes dessas massas glaciais. Como uma pedra de gelo, um iceberg fica com aproximadamente 89% do seu volume submerso no mar e um bloco, quando atinge o fundo marinho, causa um forte impacto deslocando os sedimentos do fundo do mar, deixando estrias que chamamos de cicatriz de geleira.

  Pesquisadores do Alasca monitoraram uma fêmea de urso polar que nadou 232 horas consecutivas, percorrendo 687 quilômetros até finalmente chegar ao gelo do Oceano Ártico. A descoberta ressalta a enorme capacidade de sobrevivência dos ursos polares na água, mas também demonstra o imenso ônus de serem obrigados a fazê-lo por longos períodos. No final da provação, a ursa havia perdido 22% de sua massa corporal e seu filhote provavelmente morreu. Em um artigo na revista especializada Polar Biology, George Durner e outros pesquisadores do Serviço Geológico dos Estados Unidos descrevem a captura de uma fêmea adulta de urso polar e seu filhote no Bar de Beaufort, no Alasca, no final de agosto de 2008. Ao redor do pescoço da fêmea, os pesquisadores instalaram um colar com rádio e GPS, com transmissão por satélite e um acelerômetro independente das medições do GPS para monitorar o nível de atividade do animal. (Ela foi um dos 13 ursos equipados com o dispositivo naquele mês). A fêmea pesava 226 kg, e seu filhote, 159 kg.  
  Quando os cientistas reencontraram a ursa, dois meses depois, ela pesava apenas 177 kg e não estava amamentando; o filhote não foi encontrado. Analisando os dados obtidos e rastreando os movimentos da ursa por meio de mapas da região, Durner e seus colegas deduziram que em 25 de agosto (dois dias depois da captura e libertação), ela entrou na água no litoral do Mar de Beaufort e nadou em direção ao norte durante nove dias, antes de finalmente chegar ao gelo marinho. Ela então passou três dias sobre o gelo, mais um dia nadando, e outros 49 dias sobre o gelo antes ser novamente encontrada.

Acordos em Defesa do meio ambiente

Protocolo de Kyoto

  Numa reunião realizada na cidade japonesa de Kyoto em 1997, Cerca de 10.000 delegados observadores e jornalistas participaram de um evento de alto nível onde foi aprovado um documento denominado Protocolo de Kyoto.

  Neste, foram estabelecidas à proposta de criação da Convenção de Mudança Climática das Nações Unidas e as condições para implementação da referida Convenção. Essa reunião de Kyoto em 97 foi mais uma, dentre outras reuniões já ocorridas desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, em
junho de 1992 (ECO 92).
  A conferência culminou na decisão por consenso de adotar-se um Protocolo segundo o qual os países industrializados reduziriam suas emissões combinadas de gases de efeito estufa em pelo menos cinco% em relação aos níveis de 1990 até o período entre 2008 e 2012. Esse compromisso, com vinculação legal, prometeu produzir uma reversão da tendência histórica de crescimento das emissões iniciadas nesses países há cerca de 150 anos.
   

Conferência de Estocolmo


   A Conferência de Estocolmo, realizada entre os dias 5 a 16 de junho de 1972 foi a primeira atitude mundial em tentar organizar as relações de Homem e Meio Ambiente. Na capital da Suécia, Estocolmo, a sociedade científica já detectava graves problemas futuros por razão da poluição atmosférica provocada pelas indústrias.
  Os países no mesmo século,pensavam que o meio ambiente era uma fonte
inesgotável, e que toda ação de aproveitamento da natureza fosse 
infinita. Para tanto, problemas foram surgindo, como secamento de lagos e
rios.
  Tendo em vista esses problemas, era necessário organizar uma convenção no qual países se propunham a fazer uma parcela de ajuda ao mundo. Foi então quando a ONU decidiu inaugurar a Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente.



Cop 15
  As discussões sobre ações concretas para um novo acordo global sobre clima não avançarão sem que os países cheguem a um denominador comum, o que parece difícil diante de tantas diferenças em jogo. Um bom exemplo está nos cenários políticos e sistemas econômicos nacionais de países como a China e os Estados Unidos – duas nações cujo posicionamento é crucial para a chegada a um tratado efetivo.
Claro, há uma enorme expectativa em torno da meta de redução de emissões de gases e do apoio financeiro que o presidente norte-americano Barack Obama irá propor na COP, o que até agora ainda não aconteceu. Isso porque está sendo aguardada a votação da lei de mudanças climáticas no Senado Federal. Os Estados Unidos também fazem parte do grupo de países desenvolvidos que desejam o fim do Protocolo de Quioto e a construção de um novo acordo global, no qual as nações em desenvolvimento emergentes também se comprometam internacionalmente com metas de redução.
China e Índia, por sua vez, selaram recentemente um acordo para levarem à COP 15 a mesma posição e as mesmas demandas: grande compromisso dos países industrializados e o condicionamento de seu desempenho na mitigação das mudanças climáticas a apoio financeiro a ser oferecido pelas nações ricas. Seus governantes são totalmente contrários ao fim de Quioto e à imposição de metas. Já a União Européia tem posição definida: irá reduzir 20% de suas emissões até 2020 – algo que já está previsto em lei interna –, mas seus 27 países ainda não decidiram sobre o aporte financeiro que será dado às nações pobres.
Além dessas quatro nações, há um grupo de países importantes que podem enfraquecer o acordo caso não concordem com o que estiver posto na mesa em Copenhagen ou decidam não embarcar em compromissos robustos: Rússia, Brasil, Japão e Indonésia, todas grandes emissores de carbono.