quarta-feira, 9 de março de 2011

Derretimento das geleiras nutre os oceanos com carbono.

    
  Os animais marinhos do Alasca têm um nutriente inesperado em suas dietas: carbono antigo das geleiras derretidas, afirma um novo estudo. As geleiras do Golfo do Alasca, que derretem naturalmente todo verão, liberam imensas quantidades de material orgânico, constituído principalmente de micróbios mortos.
  Esses micróbios devoraram o carbono antigo de florestas pantanosas, que se estendiam pela costa do Alasca entre 2,5 mil e sete mil anos atrás, e depois ficaram presos nessas geleiras.
  Após serem liberados pelo derretimento glacial, os micróbios mortos fornecem uma guloseima saborosa para micróbios vivos, que são a base da teia alimentar marinha, afirmam pesquisadores.
 Estudos anteriores mostraram que o carbono de florestas vivas acaba chegando até os peixes por meio do ciclo da água, portanto, "peixes se constituem a partir das florestas", disse o líder do estudo Eran Hood, cientista ambiental da Universidade do Sudeste do Alasca, em Juneau. O novo estudo revela "o mesmo tipo de coisa - peixes provavelmente se constituem a partir do carbono das geleiras", disse Hood. "Isso é algo surpreendente de que não sabíamos."
  O derretimento glacial pode inclusive ajudar a manter a pesca do Golfo do Alasca, uma das mais produtivas dos Estados Unidos, acrescentou.

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