quarta-feira, 23 de março de 2011

Gelo Marinho

- Formação do iceberg
  Iceberg é um enorme bloco de gelo que resulta da fragmentação das geleiras, quando chegam ao mar, ou das camadas de gelo marinho. Uma temperatura mais elevada ou a agitação das ondas do mar produzem a ruptura dos blocos de gelo, que ficam à deriva e são levados por correntes a regiões equatoriais. Existem dois tipos de lugares diferentes na Terra onde se formam geleiras: no Pólo Norte e no Pólo Sul, onde sempre faz frio intenso; e em altitudes elevadas, como nas grandes cadeias de montanhas. Uma geleira é basicamente um grande acúmulo de gelo que dure mais de um ano. No primeiro ano, a pilha de neve é conhecida como nevé. Se a neve permanece por mais de um inverno, a formação passa a ser conhecida como firn.
- Características
  À medida que mais e mais neve se acumula ao longo dos anos, o peso da neve no topo começa a comprimir a neve que existe no fundo da pilha. A compressão faz com que a neve se torne gelo. É como tomar na mão um punhado de neve e comprimi-la para formar uma bola de neve mais dura, mas em uma escala bem maior. A compressão da geleira continua por dezenas, centenas ou até milhares de anos, o que acrescenta mais e mais camadas no topo e eleva ainda mais o peso. O gelo termina comprimido a tal ponto que boa parte do ar que ele abriga é expulsa. É por isso que o gelo glacial parece azul.
  O comprimento dos icebergs varia de algumas centenas de metros a cerca de oito quilômetros. Sua espessura, da qual apenas uma nona parte é visível, pode chegar a 45m. Esses enormes blocos de gelo são muito maiores e mais abundantes no hemisfério sul. No oceano Glacial Antártico encontra-se 93% dos icebergs do mundo, e no Ártico eles se concentram, sobretudo perto da Terra nova, procedentes da Groenlândia e arrastados pela corrente de Labrador.

- Deslocamento

 Nas altas latitudes, como na região antártica, um ambiente inóspito pode surpreender pelas paisagens plácidas, porém nelas se esconde um agente eficaz e de grande quantidade de energia, que participa da formação de rochas sedimentares: o transporte de sedimentos por gelo. O deslocamento das grandes massas de gelo por sobre a terra transporta todo tipo de sedimentos, que variam em tamanho, desde grandes blocos de rocha até lama. Este mecanismo é tão efetivo que até mesmo em áreas submarinas seus efeitos são intensos. O fundo marinho sofre grandes escoriações causadas pelo deslocamento de icebergs, que são blocos de gelo que se desprendem das frentes dessas massas glaciais. Como uma pedra de gelo, um iceberg fica com aproximadamente 89% do seu volume submerso no mar e um bloco, quando atinge o fundo marinho, causa um forte impacto deslocando os sedimentos do fundo do mar, deixando estrias que chamamos de cicatriz de geleira.  
  O deslocamento das grandes massas de gelo por sobre a terra transporta todo tipo de sedimentos, que variam em tamanho, desde grandes blocos de rocha até lama. Este mecanismo é tão efetivo que até mesmo em áreas submarinas seus efeitos são intensos. O fundo marinho sofre grandes escoriações causadas pelo deslocamento de icebergs, que são blocos de gelo que se desprendem das frentes dessas massas glaciais. Como uma pedra de gelo, um iceberg fica com aproximadamente 89% do seu volume submerso no mar e um bloco, quando atinge o fundo marinho, causa um forte impacto deslocando os sedimentos do fundo do mar, deixando estrias que chamamos de cicatriz de geleira.

  Pesquisadores do Alasca monitoraram uma fêmea de urso polar que nadou 232 horas consecutivas, percorrendo 687 quilômetros até finalmente chegar ao gelo do Oceano Ártico. A descoberta ressalta a enorme capacidade de sobrevivência dos ursos polares na água, mas também demonstra o imenso ônus de serem obrigados a fazê-lo por longos períodos. No final da provação, a ursa havia perdido 22% de sua massa corporal e seu filhote provavelmente morreu. Em um artigo na revista especializada Polar Biology, George Durner e outros pesquisadores do Serviço Geológico dos Estados Unidos descrevem a captura de uma fêmea adulta de urso polar e seu filhote no Bar de Beaufort, no Alasca, no final de agosto de 2008. Ao redor do pescoço da fêmea, os pesquisadores instalaram um colar com rádio e GPS, com transmissão por satélite e um acelerômetro independente das medições do GPS para monitorar o nível de atividade do animal. (Ela foi um dos 13 ursos equipados com o dispositivo naquele mês). A fêmea pesava 226 kg, e seu filhote, 159 kg.  
  Quando os cientistas reencontraram a ursa, dois meses depois, ela pesava apenas 177 kg e não estava amamentando; o filhote não foi encontrado. Analisando os dados obtidos e rastreando os movimentos da ursa por meio de mapas da região, Durner e seus colegas deduziram que em 25 de agosto (dois dias depois da captura e libertação), ela entrou na água no litoral do Mar de Beaufort e nadou em direção ao norte durante nove dias, antes de finalmente chegar ao gelo marinho. Ela então passou três dias sobre o gelo, mais um dia nadando, e outros 49 dias sobre o gelo antes ser novamente encontrada.

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